Fichamento – Texto 1
Aprendizagem
continuada ao longo da vida o exemplo da terceira idade – José Armando Valente
Informação
é um fato, são dados na internet, publicações e o que as pessoas trocam entre
si. Ou seja, o que passamos são informações e não conhecimento, o conhecimento
é o produto final da interpretação e compreensão da informação de casa um.
A
criança tem sede de aprender, e como citado no texto, mesmo antes de entrar na
escola muitas atividades intervém nesse processo. A sociedade disponibiliza
diversas formas de estímulo para todas as idades, a diferenciação parte do
incentivo dos pais e das oportunidades que os mesmo têm de oferecerem a seus
filhos. Piaget explica com a teoria sociointeracionista, essa construção do conhecimento
como um ciclo assimilação – adaptação – acomodação, através dessas relações com
os objetos. Desde de nascemos todos os recursos, não somente aqueles
propositais como por exemplo: brinquedos, DVD’s musicais, entre outros, são a
única fonte de aprendizado. Todos os contatos visuais, auditivos, com o mundo e
com a mãe, fazem parte dessa construção.
E
de fato, é algo maravilhoso acompanhar o processo de aprendizagem do falar e
andar de uma criança, como indaga o autor.
Já
o aprendizado na terceira idade se dá de uma maneira diferente. Na maioria dos
casos, depois de constituírem famílias, de alcançarem estabilidade
profissional, e principalmente a aposentadoria, muitas pessoas buscam formas
para ocupar o tempo ocioso. Porém nesse período da vida, fazem o que realmente
gostariam de ter feito ao longo dos anos, e por falta de tempo ou de recurso
financeiro deixaram de realizar. Algo em especial que me chamou a atenção no
texto de Valente, no que se refere a diferenciação na avaliação para cursos
especializados para a terceira idade, como a abolição de provas e testes. E de
fato, não são necessários para avaliar e nem mesmos estimular a busca pelo
conhecimento, pois não estão buscando certificações e sim pura e simplesmente
satisfação no aprender. Portanto suas motivações independem de fatores
externos, como notas, na verdade é do prazer no aprender. Por fim o autor nos
leva a refletir que, na maior parte do tempo não usufruímos desse prazer,
justamente no auge de nossa vitalidade mental.
A
aprendizagem formal, como citado, sufoca a predisposição do aluno para
caçador-ativo de informações. Na verdade a escolarização imposta nos dias de
hoje, constrói a predisposição receptor – passivo, baseada na transmissão de
informações. Sendo assim, a aprendizagem prazerosa, em que não há uma pessoa
ministrando algo, é real e o aprendiz tem em suas mãos a direção daquilo que
lhe desperta interesse.
A
aprendizagem na infância e na terceira idade é fruto de estímulos corretos para
cada fase da vida, como ambientes adequados que favorecem a construção do
conhecimento. Porém em determinados períodos da vida, somente os objetos, os
materiais, as atividades sem um auxiliar no processo de aprendizagem não são
suficientes. Ou melhor, o indivíduo não alcança a máxima de sua potencialidade.
Portanto, se é objetivo da sociedade facilitar a aprendizagem continuada ao
longo da vida, os recursos e mecanismos deveriam ser trabalhados na
predisposição que cada um demonstra desde os primeiros dias de vida,
proporcionando assim, diversos ambientes de aprendizagem. O ponto que deve ser
ressalto é que, se efetivamente isso fosse aplicado o agente de aprendizagem
deveria estar preparado para as mais diversas situações e ambientes.
O
que por conseguinte exige uma formação distinta dos educadores, para que este
seja capaz de criar condições para que o indivíduo de identifique como
aprendiz, que transmita as informações, os conceitos, porém ao mesmo tempo,
instigue a reflexão, compreensão e conseqüentemente assimilação por parte do
indivíduo. Gerando efetivamente uma mudança na escola e na sociedade.
Para
que se materialize são necessárias algumas prerrogativas, que o autor cita,
como: conhecer o aluno, trabalhar com projetos educacionais, criar condições
para que o aprendiz desenvolva a predisposição para a aprendizagem, para
vivenciar e entender a aprendizagem como uma “experiência ótima”.
O
autor finaliza o texto concluindo que, o educador pode e deve utilizar suas
experiências, suas práticas pedagógicas para a construção do conhecimento (não
precisa necessariamente ser especializado em determinada área para atuar) e ele
próprio assim sendo, vivenciaria a aprendizagem continuada.
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